Dizem que a gente não deve ser saudosista, pois isso não leva a nada. Eu entendo de outra maneira. As recordações podem e devem ter o papel de fazer com que avancemos, são partes de nossa história, que nos constituem enquanto seres integrais e podem ser recobradas como algo construtivo. Fiz essa introdução para homenagear o Jornal da Tarde (JT), que deixou de circular hoje e que, por um período de minha vida, estive envolvida de forma mais próxima, quando fui jornalista “free” do então Caderno de Domingo, entre dezembro de 1997 e julho de 2001. Nessa fase, tive a liberdade de fazer reportagens de comportamento, desde a concepção da pauta, o que fortaleceu a minha criatividade e ao mesmo tempo, responsabilidade como profissional.
Sob a edição geral do caderno, por Pedro Autran e em diferentes fases, com a participação dos editores Sérgio Roveri e Odir Cunha, pude aprender também a reconhecer o quanto é importante o estímulo em equipe. Eu não estava no dia a dia da redação, como eles, mas como colaboradora, era tratada com respeito e impulsionada a aflorar o meu prazer no papel de repórter, de humanizar as pautas, com a garimpagem de personagens, que expressassem por suas palavras, histórias especialmente de São Paulo.
O JT nasceu em 7 de janeiro de 66 e se despede em 1º de novembro de 2012 e é importante que as novas gerações de jornalistas saibam da sua existência, a importância da sua proposta editorial e do design arrojado à época e que seus registros sejam de acesso ao público, para que sua história não seja apagada.
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Blog Cidadãos do Mundo-jornalista Sucena Shkrada Resk